domingo, 8 de fevereiro de 2009

Breve apanhado de um Curso de Iniciação
-- Um Curso em Milagres --

Os relacionamentos regem-se muito pela falta de auto-estima e consequente auto-desvalorização.

Quando o padrão que geralmente assumimos é quebrado, o “outro” ressente-se e reage usando os seus engodos.
Entre outros, o engodo da culpa é muito usado:
sobre a forma de ataque – ( dou-te isto… e tu…), ou ameaça – (vou-te deixar …vê lá…) .

O “outro” está a usar essas ferramentas de nos fazer sentir culpados, traídos, ameaçados ou humilhados, para se proteger a ele próprio e poder continuar a receber o “alimento” a que está habituado.

Assumir a responsabilidade não é atirá-la para cima dos outros, seja da chuva, seja da família. Mas para o ego, responsabilidade implica a culpa de alguém ou de alguma circunstância…há que estar atento.

Assim, quando percebemos esse “jogo”, perdoamos…libertamos, porque assumimos que a questão é nossa, não dele(a). Trata-se do que sentimos em relação à questão. Temos que libertar o outro da responsabilidade de nos ter feito qualquer coisa. O que sentimos é connosco. É nosso.

Aplicamos o Curso também ao modo como nos sentimos pessoalmente. Quando não sabemos o que se passa… Quando embirramos com tudo… Nesse caso entregamos…não sabemos o que significa…

O Ego resiste poderosamente à aplicação do Milagre e impede-nos de fazer do Curso uma ferramenta vital porque está habituado aos engodos do sacrifício, da pena e da dor. A prática efectiva das lições e a consciencialização que se vai instalando, leva-o fatalmente à dissolução. Usamos os placebos ( comprimidos, consultas ,médicos, etc. ) como subterfúgio para não assumirmos a responsabilidade da cura, ao buscarmos as respostas fora de nós, para não perdermos os “jogos” que habitualmente fazemos com os actores que colocamos na nossa vida…Temos medo de perder as referências de quem julgamos que somos. Defendemo-nos dos Milagres para não assumirmos que somos Deus.

A aceitação do Milagre ( dar e receber) está relacionada com a nossa relação com o Ego – com as malhas de percepção que fomos erguendo. O Ego não é um estado natural. É construído desde que nascemos, e vive do feed back que o mundo, os outros, lhe dão.
Toda a nossa vida é resultado desse feed back proveniente desta e de todas as vidas que vivemos. Os potenciais desse passado estão lá, inscritos nas nossas células, e são os nossos relacionamentos, e as circunstâncias que escolhemos viver, que os despoletam.
Quando essa dor, essa memória é desencadeada, temos a ferramenta do milagre, da entrega e transmutação, para a deixar ir.

Realmente o nosso único problema é a SEPARAÇÃO. Que apresenta muitas facetas:

a ferida da rejeição…

a ferida da traição…

a ferida do abuso… entre outras.

Qual deles é o nosso padrão?

A questão está em sermos vigilantes acerca do Reino de Deus que corresponde aos nossos pensamentos interiores. Porque fazemos as coisas pela rama, não as aplicando efectivamente no nosso quotidiano, em todos os segundos dele, desde que nos levantamos até que nos deitamos.
A questão não se coloca em quantos livros já lemos, em quantos encontros participamos, em quantas técnicas dominamos… mas na aplicação real desse conhecimento, em nós. Das escolhas que fazemos.

Como nos sentimos? É o barómetro.
Mesmo que não consigamos identificar o problema, assumimos, neutralizamos e entregamos. Devemos fazer isso em relação a cada estado de alma que sentimos.
Mas cuidado com a reposição das memórias, se a ATITUDE não mudou. Uma terapia para resultar, tem de estar associada a uma mudança pessoal de consciência.

A cura provém da mudança efectiva da consciência, da mudança de percepção, não da terapia utilizada.

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